Mesmo em um cenário de incertezas geopolíticas e novas barreiras comerciais, as montadoras chinesas de veículos elétricos seguem intensificando seus planos de expansão internacional. Segundo a Nikkei Asia, marcas como BYD, XPeng e Geely vêm ampliando sua presença fora da China, apostando em novos mercados e avanços tecnológicos para conquistar espaço e atrair investidores.
BYD segue na liderança da expansão
A BYD segue investindo em fábricas na Tailândia (já em operação), Hungria, Turquia e Brasil, consolidando sua presença global. Recentemente, lançou na China um carregador de 1 MW, capaz de fornecer carga completa em apenas 5 minutos, provando que a marca não só se expande como também eleva o nível tecnológico do setor.
XPeng e Geely traçam metas ousadas para 2025
A XPeng anunciou sua primeira fábrica fora da China, na Indonésia, e prevê dobrar suas vendas internacionais para mais de 40 mil unidades, além de abrir 300 lojas e centros de serviço no exterior.
Já a Geely mira a liderança no Oriente Médio, quer figurar entre as 3 principais marcas da Europa Oriental e pan-europeia, e projeta um segundo mercado de 100 mil unidades na Ásia-Pacífico.
Outras montadoras e novos players se movimentam
A Omoda & Jaecoo e a GAC Motor têm chegada prevista ao Brasil em 2025
A Xiaomi, famosa por seus eletrônicos, planeja vender carros elétricos fora da China a partir de 2027
A BYD, que já vendeu 417 mil veículos de novas energias no exterior em 2024 (+72% vs. 2023), deve crescer ainda mais com sua nova Super E-Platform de 1.000V
A competição local na China impulsiona a expansão
De acordo com Eugene Hsiao (Macquarie Capital), a intensa concorrência dentro do mercado chinês empurra as marcas para o exterior, onde há maiores margens e espaço para crescimento. Ele alerta, porém, que barreiras comerciais dos EUA e seus aliados podem ser decisivas para o ritmo dessa expansão.
Tecnologia e estratégia caminham lado a lado
Com arquiteturas inovadoras, como a Super E-Platform da BYD, e planos de produção fora da China, as montadoras estão prontas para competir com marcas tradicionais e consolidar presença global, mesmo diante de possíveis entraves comerciais.
Será que os próximos anos trarão o domínio global das montadoras chinesas?